A resenha é uma
abordagem que se propõe a construção de relações entre as propriedades
de um objeto analisado, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados
relevantes sobre ele. No jornalismo, é utilizado como forma de
prestação de serviço. Pode ser texto de origem opinativa e, portanto,
reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o
valor do que é analisado.
O objeto
resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um álbum,
uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode ser
"descritiva" e/ou "crítica".
EXEMPLO:
O cortiço
No começo do
livro, as ações estão envolvidas em volta do personagem João Romão, um
português avarento e ganancioso comerciante que engana uma escrava
chamada Bertoleza e a induz a trabalhar de graça, esta passa ser a sua
amante. João Romão era uma pessoa extremamente ambiciosa e privava-se de
luxo, gastando seu dinheiro apenas com negócios que o faziam ganhar
mais dinheiro. Com isto, ele começa a construir um cortiço e seu vizinho
Miranda, um rico português questiona as riquezas de Romão e vive
invejando-o. Miranda conseguiu acumular as riquezas através do dote que
recebeu de sua mulher no casamento, Estela, porém é um casamento infeliz
e eles não se amam. Romão constrói uma pedreira e contrata Jerônimo
para fazer a supervisão dos trabalhadores escravos.
A seguir na
história, podemos acompanhar a transformação do personagem Jerônimo, que
aos poucos se torna um brasileiro preguiçoso, malandro e cafajeste,
pois se encanta por uma mulata chamada Rita Baiana, que mora no cortiço e
possui um namorado.
Enquanto isto
ocorre, o português Miranda consegue um título de barão, que faz com que
Romão passe a invejá-lo. O cortiço é destruído em um incêndio e João
Romão o reconstrói, mas com um estilo voltado para a classe média, ao
invés de estilos que lembravam favelas. Com o tempo, desperta o
interesse de casamento de João Romão com a filha de Miranda, para que
ele possa também tornar-se uma pessoa nobre. Porém, ele não poderia
casar-se com Bertoleza trabalhando para ele, pois naquela época a
abolição dos escravos já havia sido realizada e ela era a sua amante.
Ele planeja contar ao dono de Bertoleza que a escrava sumiu, e quando o
verdadeiro dono chega para procura-la e levá-la, ela tira sua própria
vida, com a faca que limpava peixe, abrindo o seu próprio ventre.
Ironicamente,
um grupo de abolicionistas aguarda João Romão na sala de sua casa para
diploma-lo como sócio benemérito benfeitor, pois aos olhos externos ele
era uma pessoa que se preocupava com a situação dos negros e escravos do
Brasil naquela época.
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